Toda startup deve traçar um modelo de negócios completo, coerente com seus objetivos e seu produto. É comum chegar o momento em que a empresa começa a buscar parceiros no exterior para ampliar sua atuação. Porém, na hora de internacionalizar sua startup, é preciso tomar alguns cuidados.

No presente texto, separamos algumas dicas para o empresário que deseja levar sua startup para fora do país. Acompanhe!

Comece internacional

Uma startup que nasce pensando em atingir o mercado global já deu o primeiro passo para a internacionalização. O produto ou serviço que ela oferece deve ser criado para ultrapassar a fronteira brasileira. Por isso, é fundamental pensar na identidade visual e no site voltados para todo o mundo.

Para tanto, é preciso pesquisar exaustivamente tudo que envolve a internacionalização.

Pesquise muito

O empresário que deseja internacionalizar sua startup deve ter conhecimento sobre os locais onde quer chegar e como fazer isso.

O primeiro passo é descobrir os programas nacionais de estímulo e financiamento desse processo. Eles darão assessoria, conhecimento e suporte financeiro. Dê uma olhada na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX). Neste momento, é hora de pesquisar se o país de destino fornece algum tipo de subsídios e como é a legislação específica.

Em seguida, é imprescindível conhecer o mercado-alvo. Tamanho, potencial de crescimento, parceiros, e outros fatores podem influenciar na estratégia de internacionalização. O empresário pode perceber, por exemplo, a necessidade de criar ou desenvolver uma cultura no mercado de destino.

Por fim, é preciso conhecer a cultura local. A mudança de idioma e cultural é um desafio para internacionalizar sua startup. Mas vale a lembrança de que isso só é conhecido por completo quando o negócio já está no local.

Prepare-se para internacionalizar sua startup

Sua startup já está bem estruturada? O modelo de negócios é sólido? Já possui ótima entrada no mercado nacional? A resposta positiva a essas perguntas é um indicativo de que sua startup já possui o mínimo para se internacionalizar. Porém, o empresário também deve estar preparado para ampliar os horizontes.

Após a intensa pesquisa sobre o mercado e a cultura, é interessante dar as caras nos eventos do mercado-alvo. Assim, a experiência pode ser enriquecida. A vivência internacional do empreendedor é ótima para entender as oportunidades do mercado-alvo. Ela possibilita a interação com investidores, parceiros, clientes e outros empreendedores.

Cursos e programas de aceleração internacionais também podem ajudar neste sentido.

E fica uma dica final sobre a preparação: sabemos que o Vale do Silício é “a menina dos olhos” dos empreendedores. Porém, pense em explorar outros mercados com grande potencial. Nova Iorque, Los Angeles e Boston (EUA), Santiago (Chile), Bogotá (Colômbia), Cidade do Panamá (Panamá), Cidade do México (México) e Lisboa (Portugal) são boas opções.

Pense na captação de investimento com fundos estrangeiros

A captação de investimento e a negociação com parceiros estrangeiros é uma etapa interessante na hora de internacionalizar sua startup.

O investimento é o que possibilitará a expansão do negócio. Será preciso ter pessoas dedicadas apenas à internacionalização, e essa ampliação da equipe gera custo. O investimento também possibilita a participação dos cursos e eventos, e a melhoria do produto ou serviço.

As parcerias são importantes para conhecer e ingressar no mercado local com mais know how. Facilita a entrada e a adaptação da startup.

Lembre-se de que causar uma boa impressão é fundamental. Por isso, formate bons pitches e apresentações do seu produto ou serviço.

Procure uma assessoria jurídica

A presença de uma assessoria jurídica ao internacionalizar sua startup possui múltiplas funções, e todas elas estão ligadas à segurança do negócio. Suas principais funções neste momento são:

• Elaborar os contratos da startup com parceiros e investidores;
• Analisar a legislação do mercado internacional;
• Assessorar o empreendedor nas negociações;
• Resguardar os interesses dos sócios.

Em suma, ela é importante em todas as etapas de internacionalização.

Todas essas dicas fazem parte de um planejamento de internacionalização da sua startup. Sem uma estratégia e um plano montados, é pouco provável que o empreendedor obtenha sucesso ao internacionalizar sua startup. O auxílio jurídico é fundamental para esta etapa, então não deixe de contar com um advogado de confiança neste momento.